Desamores de Serpente
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Seus olhos são pedras lapidadas
Que quicam pelas águas na fonte da minha alma.
Rabiscam o horizonte de vetores,
Sinais inconfundíveis,
Incontestáveis,
Presença sua,
Ranhuras, dores.
Seus lábios, fria madrugada
Que entra trincando o céu [da boca]
Nublando a minha estrada,
Congelam o tempo
Exoram o vento,
Dissipam toda a paz e o sossego.
Seus artefatos abarcam-me e afastam o espaço.
Paralisia, artifícios de ação e ato.
Fecho os olhos, reviro a noite,
O dia já se foi,
É tarde!
Escuto guizos,
Será quem vem?
De repente sou o alvo da boca de alguém.
Que quicam pelas águas na fonte da minha alma.
Rabiscam o horizonte de vetores,
Sinais inconfundíveis,
Incontestáveis,
Presença sua,
Ranhuras, dores.
Seus lábios, fria madrugada
Que entra trincando o céu [da boca]
Nublando a minha estrada,
Congelam o tempo
Exoram o vento,
Dissipam toda a paz e o sossego.
Seus artefatos abarcam-me e afastam o espaço.
Paralisia, artifícios de ação e ato.
Fecho os olhos, reviro a noite,
O dia já se foi,
É tarde!
Escuto guizos,
Será quem vem?
De repente sou o alvo da boca de alguém.