Capitu
Zélia Duncan
Composição: (Luiz Tatit)


(...)
A ressaca dos mares
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu



domingo, 3 de janeiro de 2010


Fausto cigano e eu


Na ebriedade eloqüente tecida sob goles de um vinho barato


Animo, em memória, histórias suicidas


De uma inda sem vinda,


De uma estrada de morte,


De uma busca perdida


Num caminho sem sorte.




Recordo os ais de um vagabundo violão


Que tão pouco me tocaste o ouvido,


Cujo moço, o dono, um cigano barato


Vendido ao diabo por míseros tratos,


Fizeste-me sofrida.




Ó, moço!


Ao partir, levaste meu coração.


Mas não deste valor, e o trocou por rum


Numa taberna esquálida com cheiro de ranço,


Deixando-me à sorte de uma vida sem prumo.




Hoje me encontro tão moribunda quanto quem que me envenenou.


A dor infecta, dilacera e nulifica a pureza de uma nobre alma.




São muitos os vendidos que se vão, de mão em mão,


Intoxicando sonhos de amor,


Buscando migalhas de vida,


Apagando luzes por entre sorrisos e doces apreços,


Corrompendo um sentimento que já não sentem


Por trás de sinceras mentiras, paixões incandescentes,


A trabalho pro diabo, em troca de ilusões.


(F. Christtiani)

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